Compersão: O que é e como desenvolvê-la em seus relacionamentos
compersão seria o contrario do ciúmes ?


Compersão: O que é e como desenvolvê-la em seus relacionamentos
Você já ouviu falar em compersão? O termo, ainda pouco conhecido por muitos, refere-se à capacidade de sentir alegria genuína pela felicidade ou prazer que outra pessoa experimenta, especialmente no contexto de relacionamentos. Para quem vive ou explora relacionamentos não monogâmicos, a compersão pode ser uma ferramenta poderosa, mas sua aplicação também é valiosa em qualquer tipo de vínculo, seja ele romântico, familiar ou de amizade.
O que é compersão?
A compersão é frequentemente descrita como o oposto do ciúme. Enquanto o ciúme nasce do medo de perder algo ou alguém, a compersão surge da empatia e da conexão emocional com o outro. Ela significa celebrar a felicidade alheia sem que isso ameace seu próprio bem-estar. Por exemplo, em relacionamentos não monogâmicos, a compersão pode aparecer quando você sente alegria ao saber que seu parceiro ou parceira está vivendo momentos felizes com outra pessoa.
Por que a compersão é importante?
Fortalece a confiança: Ao desenvolver compersão, você reforça a base de confiança em seus relacionamentos, permitindo que o vínculo seja construído com menos inseguranças.
Promove a empatia: Entender e compartilhar a felicidade de outra pessoa exige empatia, uma habilidade essencial para qualquer relação saudável.
Diminui o ciúme: Quando a compersão entra em cena, o ciúme tende a perder força, já que você substitui o medo pela celebração.
Como desenvolver compersão?
Se a compersão parece um conceito distante, não se preocupe! Ela é uma habilidade que pode ser cultivada. Aqui estão algumas dicas práticas:
Reconheça suas emoções: Antes de tentar sentir compersão, é importante entender e aceitar seus próprios sentimentos. Se o ciúme ou a insegurança surgir, acolha essas emoções sem se julgar.
Pratique a empatia: Coloque-se no lugar da outra pessoa. Imagine como é para ela viver momentos de alegria
O termo compersão surgiu no contexto do movimento poliamoroso nos anos 1970, dentro de uma comunidade chamada Kerista, localizada em São Francisco, nos Estados Unidos. Essa comunidade era conhecida por praticar um estilo de vida baseado em relacionamentos não monogâmicos, igualdade e compartilhamento de experiências.
Eles criaram o termo "compersion" (em inglês) para descrever o sentimento de alegria e satisfação que uma pessoa pode ter ao ver seu parceiro feliz com outra pessoa, mesmo em situações onde o ciúme poderia surgir. É como sentir prazer ao testemunhar a felicidade do outro, especialmente em experiências românticas ou sexuais, mas o conceito também pode se aplicar a outros tipos de relações.
Embora tenha nascido no contexto de relações não monogâmicas, a compersão pode ser uma prática útil e transformadora em qualquer relacionamento, ampliando o entendimento e a empatia entre as pessoas. Hoje, o termo é amplamente discutido em comunidades que promovem formas de amar baseadas na transparência, no consentimento e na confiança.